quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

SERVIDORES PEDEM O IMPEACHMENT DO GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO PEZÃO



Três servidores do Judiciário do Estado do Rio de Janeiroprotocolaram nesta segunda-feira (18) um pedido de impeachment contra o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). O motivo não foi divulgado até o momento.
A ação foi registrada na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), que está em recesso em janeiro e retomará os trabalhos no dia 2 de fevereiro. Inicialmente, o pedido será analisado pela Procuradoria-Geral da Casa, que deverá apresentar um parecer formal ao presidente Jorge Picciani (PMDB).
Assim como aconteceu no caso do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), apenas o presidente da Casa pode admitir o processo, que seguiria para uma Comissão Especial formada por deputados estaduais.
De acordo com a assessoria de comunicação da Alerj, os servidores protocolaram o pedido como pessoas físicas -- os nomes deles não foram divulgados.
O governador informou, por meio da assessoria de imprensa, que não vai comentar o assunto.

Colapso financeiro no Estado

Afetado por uma brusca queda na arrecadação, com a diminuição do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), dos royalties e a baixa nos preços dos barris de petróleo, o Rio de Janeiro terminou 2015 empurrando para os próximos meses a quitação do 13º salário do funcionalismo público.
Servidores estaduais chegaram a ser alvo de jatos de gás de pimenta disparados por seguranças ao invadir o plenário da Alerj para protestar contra o parcelamento em cinco vezes do salário extra.
A saúde pública também sofreu os efeitos do colapso nas contas públicas do Estado, com hospitais fechados, funcionários paralisando atividades e insumos para atendimento de pacientes em falta em algumas unidades.
Maior universidade estadual do Rio, a Uerj passou por momentos turbulentos depois que o governo suspendeu o pagamento dos funcionários terceirizados dos setores de limpeza e vigilância da insituição.
O reitor Ricardo Vieiralves decidiu fechar as portas da universidade que, alguns dias depois, foi ocupada pelos alunos, que não permitiram a volta às aulas em 2015 --a situação só foi normalizada na primeira semana de 2016. Com a falta de pagamento, os funcionários responsáveis pela limpeza dos prédios pararam de trabalhar, e o local ficou "insalubre", nas palavras do próprio reitor.