domingo, 27 de abril de 2014

POLICIA CIVIL VOLTA AO CATIVEIRO EM SÃO FIDÉLIS ONDE FOI ENCONTRADO QUATRO HOMENS

Polícia Civil volta ao cativeiro onde homens eram feitos escravos

asdvgfdhftjHomens da 134ª Delegacia de Polícia Civil de Campos, voltaram no inicio da tarde deste domingo(27), no cativeiro e na fazendo onde quatro homens eram mantidos em situação análoga à escravidão em uma casa na localidade de Angelim, terceiro distrito de São Fidélis.
Na noite de sexta-feira(25) uma das vítimas, uma das vítimas que eram de São Fidélis, conseguiu fugir e foi até a casa do sobrinho que fica carca de 10 km do local, e de lá, o sobrinho foi com ele até a 141ª Delegacia Legal no centro de São Fidélis e comunicou o fato.
Uma operação envolvendo policias da 141ª e da 134ª DP foi montada para resgatar as outras três vítimas na tarde de ontem(26). Reveja a matéria AQUI.
VITIMAS
Em depoimento, as vítimas (Foto Acima), sendo duas de São Fidélis, uma de Campos e outra de Itaperuna, disseram que recebiam ameaças quando manifestavam o desejo de ir embora, e um deles disse que foi agredido várias vezes. A última vítima a ser recrutada, passou oito anos no cativeiro e o mais antigo, 14 anos.
onvEm depoimento, o proprietário da fazenda, Paulo Cesar Azevedo Girão, de 58 anos, disse que pagava cerca de R$ 50,00 reais as vítimas pelos trabalhos, mas as vítimas disseram que nunca receberam nada.
Em entrevista coletiva, o delegado adjunto da 134ª DP, José Paulo Pires, disse que ao chegar na fazenda, encontrou o proprietário, o filho e o caseiro logo na entrada do sítio. As vítimas estavam escondidas em uma vala atrás de um monte de areia.
ugwdiwquofiwe“Toda vez que alguém chegava na fazenda, eles eram obrigados a se esconderem”. disse o delegado.  Ainda em entrevista, o delegado disse que as vítimas eram transportadas de carro do cativeiro que fica na localidade de Angelim até a fazenda, e que três vizinhos serão intimados para comparecer na delegacia para depor.
“Eles tomavam café, almoçavam e jantava. Às 4h da madrugada eram levados para a fazenda, pelo capataz, e só retornavam às 17h direto para o quarto onde ficavam trancados”. enfatizou Paulo Pires.
“A polícia vai buscar uma instituição de atendimento que possa dar suporte as vítimas, pois elas precisão de atendimento social e psicológico”. concluiu o delegado.
ddtrygyuiNo local onde funcionava o cativeiro, que fica ao lado da casa do caseiro Roberto Melo de Araújo, de 38 anos, encontramos o senhor Manoel Ferreira, pai de uma das vítimas. Segundo o senhor, a mulher do caseiro recebia sua pensão, e que o filho morava no rio e tinha conseguido o emprego no local. O senhor disse que não sabia que o filho não recebia.
O delegado disse que o senhor também foi funcionário da fazenda, mas como ficou cego, não foi mais obrigado a trabalhar.
cativeiro foto vinnicius cremoenz 5Nossa equipe acompanhou um perito da Polícia Civil que foi até o local na noite de ontem(26), constatando a precariedade do local. No imóvel havia apenas duas camas e um colchonete, além de um armário, um banheiro e uma pia com uma grelha de churrasqueira em cima. O imóvel se quer possuía uma geladeira e um fogão.
As vítimas não possuíam carteira assina e não recebiam nada pelo trabalho, além de viverem numa situação sub-humana, recebendo uma ou duas refeições por dia. O cenário encontrado hoje, era pior do que o de ontem, pois não dava para perceber o que mais tinha no local. Muita sujeira e até um local onde estavam porcos, foi encontrado.
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O proprietário da fazenda, Paulo Cesar Azevedo Girão, de 58 anos, o filho Marcelo Conceição Azevedo Girão, de 33 anos, e o empregado Roberto Melo de Araújo, de 38 anos, vão responder por crime de restrição a condição análoga a de escravo e podem pegar de dois a oito de reclusão

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