Garotinho resume a posição da prefeitura no quadro de crise
Publicado em 22/02/2015
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Keylla Thederich
Com o objetivo de esclarecer algumas questões referentes aos ajustes que a Prefeitura de Campos vem fazendo em sua administração e tranquilizar a população, o secretário de Governo, Anthony Garotinho, assegurou durante entrevista à Rádio Diário FM no último sábado (21), que "a Prefeitura não está falida". Ele falou do seu retorno à administração municipal, sobre a crise que afeta todo país, as medidas adotadas pela Prefeitura e assegurou que Campos vai continuar trilhando seu caminho de desenvolvimento. Também abordou o comprometimento do funcionalismo público.
Apesar de ter recebido convites para atuar na administração federal, após ter encerrado mandato como deputado federal pelo Partido da República (PR), Garotinho retornou à administração municipal e explicou os motivos. "Eu decidi ficar em Campos para colaborar no sentido de reagir nesse momento difícil de crise no país. Preferi doar meu tempo trabalhando para que o município de Campos possa passar por essas dificuldades com a menor turbulência possível", disse.
Sobre a crise que afeta o país em função da desvalorização do petróleo no cenário mundial, o secretário de Governo, ressaltou que apesar de os governos federal e estadual também estarem passando por dificuldade, os municípios produtores que recebem royalties do petróleo, como Campos, Macaé, Cabo Frio, Rio das Ostras, entre outros, serão os mais afetados. "Os municípios que dependem do petróleo vão sofrer mais. Por isso, a nossa dificuldade será um pouco maior", afirmou.
No entanto, Garotinho fez questão de ressaltar que a Prefeitura de Campos está fazendo a sua parte tomando as medidas necessárias. "É bom deixar claro que a Prefeitura não está quebrada e falida como muitos estão dizendo por aí, o que acaba confundindo a população. É preciso esclarecer que a Prefeitura mantém os seus salários em dia, os seus serviços funcionando e os programas sociais, como a Passagem a R$ 1,00 e o Cheque Cidadão, funcionando normalmente".
Sobre os ajustes, ele informou que medidas são necessárias não só pela crise em si, mas pelo volume que o município deixará de arrecadar, principalmente este ano. "A Prefeitura está sofrendo ajustes para se adequar ao tamanho da sua arrecadação. No ano passado, a arrecadação foi de R$ 2,5 bilhões e a previsão para este ano era de R$ 1,8 bilhões, mas não vamos chegar a R$ 1,5 bilhões, o que na prática é uma perda muito grande". "As pessoas precisam entender que a Prefeitura não tem máquina de fazer dinheiro. O que podemos fazer e estamos fazendo de forma responsável é enfrentar essa situação com os instrumentos que nós temos", ressaltou.
Os instrumentos citados por Garotinho e já postos em prática pela Prefeita Rosinha são a desaceleração no ritmo das 147 obras em andamento no município; a redução de contratos com empresas prestadoras de serviços, como as de coleta de lixo, paisagismo e iluminação pública; ajustes no orçamento; corte no salário dos secretários e também ajustes no quadro de funcionários da administração municipal.
Pedindo a colaboração de todos nesse momento de crise, Garotinho assegurou que nenhuma medida que agrida os princípios trabalhistas, será adotada pelo governo. "Respeitamos os nossos funcionários, respeitamos a nossa população, os empresários. Por isso, peço a colaboração e a solidariedade de todos nesse momento difícil para que possamos passar por essa crise sem que causar grandes prejuízos, principalmente, à população pobre que sempre paga a conta". "Tribulações passam e essa crise vai passar", apostou, acentuando: "O que não podemos é deixar a prefeitura endividada e por isso, os ajustes necessários estão sendo feitos. Vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para que a população tenha o menor problema possível dentro do grande problema pelo qual está passando o nosso país".
Comprometimento do funcionalismo
Anthony Garotinho aproveitou também para falar sobre o comprometimento dos servidores públicos municipais, se referindo, especialmente, a uma visita que fez na última semana ao Hospital Ferreira Machado (HFM), onde constatou que a falta de médicos que deveriam estar trabalhando. "Gostaria de esclarecer que não somos contra os médicos, nem contra nenhuma categoria, mas quero que as pessoas cumpram seus deveres". Garotinho destacou que seu dever é zelar pelo governo. "É o que estou fazendo e vou continuar a fazer. Se o governo paga a um médico para estar de plantão trabalhando, ele tem que estar lá. Não é só a questão financeira, mas, principalmente, a questão humanitária". "A população paga os seus impostos e merece respeito, atendimento de qualidade, em qualquer um hospital. O nosso papel é dialogar com todas as categorias, mas vamos fazer o papel que compete ao governo", finaliza o secretário. FONTE JORNAL O DIÁRIO