Garotinho denuncia prisão de 7 bombeiros e diz que o Cel. Douglas é um cara Arbitrário, Vingativo e Maldoso, Cel Douglas explica os motivos da prisão
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Sete bombeiros militares do 5º Grupamento de Bombeiros Militar, em Campos, estão presos no alojamento da unidade desde a última quinta-feira (24), acusados de prática de crime militar. O caso foi denunciado por bombeiros que consideram a prisão, uma arbitrariedade, e ganhou destaque durante o pronunciamento do deputado federal Anthony Garotinho (PR), na noite de quinta-feira (24), na Câmara dos Deputados. A ordem de prisão partiu do coronel Douglas Paulich, comandante do 4º Comando de Bombeiro de Área (CBA), responsável pelas regiões Norte e Noroeste Fluminense.
Segundo denúncia dos bombeiros, três oficiais, dois soldados e dois sargentos foram presos por terem participado de uma aula de instrução em uma empresa de formação de bombeiros civis, que tem como proprietários dois bombeiros militares. “Eles foram participar da aula para que os alunos pudessem conhecer uma ambulância utilizada pelo Corpo de Bombeiros e os equipamentos que dela fazem parte”, contou um militar que não será identificado.
Ele disse que o grupo está preso no alojamento do quartel, estaria sem comunicação e sem direito a visitas. Segundo o militar um oficial médico e dois enfermeiros que faziam parte da equipe estão aguardando que a prisão seja decretada. Indignado com a prisão ele disse, se referindo ao coronel Douglas, que “ele é um cara arbitrário, vingativo e maldoso, e que persegue os bombeiros, inclusive determinando transferências”.
O caso denunciado foi denunciado no site www.sosbombeirosrj.com e causou grande mobilização dos bombeiros que se manifestaram através de comentários. Nos diversos comentários, cuja autoria não será divulgada, os bombeiros fazem ofensas ao coronel Douglas, citando que a prisão dos companheiros foi uma arbitrariedade.
Prisão é vista como perseguição e considerada absurda
Em busca de apoio, um militar publicou ontem no site SOS bombeiros, uma carta endereçada ao deputado federal Anthony Garotinho e ao deputado estadual Geraldo Pudim. Ainda na noite de quinta-feira, Pudim ao tomar conhecimento da prisão dos bombeiros, encaminhou a carta ao deputado Garotinho que em sessão na Câmara dos Deputados, em Brasília, se pronunciou em defesa dos mesmos. A reportagem do Jornal O Diário tentou falar com o deputado, mas as ligações não foram atendidas. Já o deputado Geraldo Pudim disse que irá encaminhar ao Comando Geral, um pedido de explicações e aguarda orientação de seus advogados para entrar com uma ação judicial contra o coronel. “O coronel Douglas tem um comportamento perseguidor contra qualquer pessoa que simpatize com o movimento SOS Bombeiros, e acredito que isso seja resquício daquele episódio em que bombeiros militares foram presos, em junho de 2011. Essa prisão no caso da ambulância é uma arbitrariedade e qualificar como crime militar é um absurdo. Ele extrapolou em todos os sentidos. No máximo isso poderia ser considerada uma transgressão disciplinar do oficial que autorizou que essa equipe saísse do plantão, mas daí a prender esses oficiais e acusá-los de terem praticado crime militar é muito grave. Vamos tomar as devidas providências”, afirmou Pudim.
Crime será julgado por Justiça Militar
O coronel Douglas Paulich disse que as prisões ocorreram em função de um inquérito policial que durou cerca de 60 dias. Segundo ele, o inquérito policial é fundamentado em diversas provas e denúncias. “Nós já tínhamos denúncias do que estava ocorrendo e na última quinta-feira efetuamos a prisão dessa equipe. Eles desviaram uma ambulância de um plantão de 24 horas para atender um interesse particular e com isso, deixaram de atender à população fazendo resgate e emergências. Isso é crime de peculato.
Além disso, eles abandonaram o serviço sem autorização e a população ficou desguarnecida. Eles foram indiciados por crime militar e serão julgados pela Auditoria de Justiça Militar”, disse. O coronel informou ainda que dois militares ficarão presos por 15 dias, outros dois por cinco dias e um, por 30 dias, sendo 15 dias de prisão e 15 de detenção. Além disso, ele ainda aguarda a determinação da prisão dos oficiais médicos e enfermeiros por parte do Comando de Área da Saúde. Sobre a denúncia de que os militares presos estariam incomunicáveis, ele afirmou que os bombeiros estão em prisão comum com direito a visitas e sem qualquer tipo de restrição.
O comandante do 5º GBM, tenente coronel Paulo Rodrigues foi contatado e informou que a determinação era do Comando de Área e por isso, somente o coronel Douglas Paulich poderia dar declarações. O Comando Geral de Corpo de Bombeiros Militar do Estado também foi contatado por telefone e por email, mas as ligações não foram atendidas e até o fechamento desta edição, o email não havia sido respondido.
Fonte: O Diário-Campos
Fotos:Agência Câmara e Ururau
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