A articulação do presidente estadual do PMDB e considerado a voz principal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, na qual o deputado Geraldo Pudim aparece como uma espécie de “moeda de troca”, é para tentar enfraquecer a liderança de Anthony Garotinho principalmente no interior fluminense. Mas, embora ainda não esteja colocada claramente, a estratégia está dividindo o partido.
Sábado de manhã, em conversa longa ao visitar jornal O Diário, um político ligado a Pudim, Garotinho e membros do PMDB estadual, afirmou que os entendimentos entre o primeiro e “pessoas que mandam no partido presidido por Jorge Picciani” começaram logo depois das eleições do ano passado. “Pudim já estava aborrecido com o resultado obtido por ele, que ficou na suplência, e nem Garotinho tendo trabalhado politicamente para que ele assumisse o acalmou”, disse.
Ele será mesmo candidato do PMDB à prefeitura de Campos, com aval de Picciani. No entanto, não terá o ‘abraço’ do governador Luis Fernando Pezão, nem de boa parte de peemedebistas municipais. Pezão não concorda com a forma como o assunto foi tratado nem com o procedimento de Pudim em relação a Garotinho, embora o ex-governador seja seu adversário. A saída de Nildo do partido foi uma grande baixa.
Ele será mesmo candidato do PMDB à prefeitura de Campos, com aval de Picciani. No entanto, não terá o ‘abraço’ do governador Luis Fernando Pezão, nem de boa parte de peemedebistas municipais. Pezão não concorda com a forma como o assunto foi tratado nem com o procedimento de Pudim em relação a Garotinho, embora o ex-governador seja seu adversário. A saída de Nildo do partido foi uma grande baixa.
De acordo com a fonte, ao articular para que Pudim assumisse na Alerj, Garotinho acabou contribuindo para que “aquele que ele considerava ‘irmão do coração’ e por quem tanto fez, principalmente no campo político”, começasse a ganhar força na Assembleia. “Mas o fato considerado o detalhe que faltava para Pudim consolidar o golpe no ex-aliado foi a indicação de Garotinho para que ele passasse a fazer parte da mesa diretora da Alerj”.
AVALIAÇÃO CAUTELOSA NO PMDB E PR
O político contou ainda que na disputa pela presidência da Alerj, havia necessidade de Picciani se fortalecer, porque o então presidente da Casa, Paulo Melo, também do PMDB, pretendia se manter no cargo e estava fortalecido. “Pouca gente sabe, mas não fosse o PR compor, através de Garotinho, o resultado da eleição teria sido outro e quem se beneficiou foi Pudim. Já aí ele sinalizou para um ‘furo’ com o então amigo”.
– Na articulação, Garotinho havia combinado uma coisa e Pudim fez outra. Ele assumiria uma comissão, porém negociou para ficar no segundo cargo mais importante da Assembleia, a 1ª Secretaria. Nessa negociação, Garotinho já estava “vendido”, para garantir a Pudim a condição de disputar a prefeitura de Campos pelo PMDB. E o resto todos estão vendo – resumiu.
Nos bastidores do PMDB e do PR a ida de Pudim para o partido de Picciani e Pezão é avaliada com cautela. Porém, já vazou que o ex-aliado de Garotinho estaria, “dentro do combinado”, coordenando junto a membros da oposição, tirar do ar o programa “Fala Garotinho”, que acontece de segunda a sexta-feira, de 9h às 10h, na rádio Diário FM. “Fiquei sabendo que nem Arnaldo Vianna, nem o vereador Nildo Cardoso teriam aceitado participar dessa manobra”, acrescentou o político, finalizando: “por enquanto é o que eu posso revelar”.
O Diário tentou falar com Pudim, Nildo Cardoso e Garotinho, mas não conseguiu.
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